Um levantamento promovido pelo Instituto Datafolha, publicado pelo jornal Folha de São Paulo nesta sexta-feira (26), apontou para uma divisão da população quanto à credibilidade das informações que são repassadas por meio do aplicativo de mensagens instantâneas WhatsApp, que e utilizado por mais de 120 milhões de pessoas no Brasil.
De acordo com a pesquisa, 53% dos entrevistados disseram não confiar no conteúdo que recebem de terceiros, enquanto que 47% diz acreditar. O estudo apontou que o aplicativo é o mais usado no país, sendo que 66% dos participantes têm conta e, deste total, 78% participam de, ao menos, um grupo no app; 24% compartilham notícias sobre políticas e as eleições.
De acordo com a pesquisa, 46% dos eleitores dizem ler notícias sobre política e eleições no Facebook e Whatsapp (46% para cada rede social), com mais inserção entre os mais jovens (54% na faixa de 16 a 24 anos e 58% entre quem tem de 25 a 34 anos), mais escolarizados (67% entre quem estudou até o ensino superior) e mais ricos (62% na faixa de renda de 5 a 10 salários, e 70% entre quem tem renda familiar acima de 10 salários).
A política do WhatsApp garante privacidade para os usuários na troca de mensagens e os dados não são divulgados. O estudo também apontou que tanto em alcance quanto em taxa de engajamento na difusão de conteúdo político e eleitoral, o segmento mais ativo no WhatsApp é o de eleitores de Jair Bolsonaro (PSL). 70% deles estão conectados ao aplicativo e 31% repassam informações sobre política e eleições. Entre os eleitores de Fernando Haddad (PT), 59% estão conectados e 21% são compartilhadores de conteúdos.
A pesquisa entrevistou 9.173 pessoas, entre os dias 24 e 25 de outubro, em 341 cidades do país. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%.