MDB teme que Renan Calheiros seja eleito presidente do Senado e o partido perca a boquinha que sempre teve com quem detinha o poder. Corresponderia ser rebaixado para a 2ª divisão no ambiente político. A pressão social desencadeada pelas redes sociais é muito forte e, quando o senador olha para o lado percebe que os antigos coronéis obedecem ordens de recrutas: Romero Jucá, Edison Lobão e Eunício Oliveira já treinam entre os reservas.
Indicado, Renan pode até levar a presidência, pois a votação é secreta, mas sua voz vai afinar. Depois dos tropeços iniciais (desencontros e que tais) do governo Bolsonaro; decisões impopulares dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) – a própria votação secreta; o caso Queiroz/Eduardo Bolsonaro; a ministra Damares da goabeira; outros ministros sob a mira da Justiça; não se crê que o ministério basicamente militar entregue mamonas para municiar os estilingues dos adversários.
O fisiologismo é enorme entre os políticos brasileiros, mas o instinto de preservação também é. Com o escancarado desejo de mudança que se tem constatado entre o eleitorado, provavelmente vão manter um molho na base do “apoio pontual, mas crítico” na melhor defesa da pele de cordeiro que vestem sobre seus corpos de lobos.